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9/11/2011

O novo amor curou a ferida, mas abriu uma bem maior ...


Bom, esse é a segunda e última parte da história O novo amor curou a ferida, mas abriu uma bem maior..., quem quiser ler o início da história é só clicar aqui.

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O último semestre de aulas preparatórias terminaram e entrei na faculdade da cidade vizinha, morei por um tempo sozinha até que Alex conseguiu transferência da faculdade e veio  morar comigo.
Tivemos a primavera e o verão mais incrível de nossas vidas, trocávamos juras de amor todos os momentos possíveis, tudo parecia encantador ao lado dele, não conseguia mais viver longe dele, foi ai que tudo começou a dar errado no começo do outono Alex fez uns exames e foi constatada uma célula cancerígena em estado avançado no estomago, fizemos todos os tipos de cirurgia possíveis e até de experimentos ele participou na esperança da cura, fizemos quimioterapia e por certo tempo conseguiu estacionar o desenvolvimento do câncer, mas conforme os meses foram passando ele foi ficando fraco, os remédios não surtiam mais efeitos e câncer já tinha tomado quase todos os seus órgãos, tivemos que viajar para o norte do país onde os aparelhos eram mais avançados e ele teria um tratamento mais específico.
Embarcamos no avião no começo de novembro com mais dois enfermeiros coso alguma coisa acontecesse, o vôo foi tranquilo e o processo de adaptação com os novos aparelhos e remédios foram bons, mas uma semana depois Alessandro Louis Squertbell morreu tranquilamente em um sono profundo e junto com ele parte de mim também morreu.
Depois do funeral os pais dele vieram falar comigo sua mãe foi a primeira a se manifestar em meio o silencio das ruas pálidas de novembro, sua voz era doce e tranquila, primeiramente me perguntou se ele falava muito dela para mim e enquanto enxugava minhas lagrimas respondi com um sim abafado entre o choro e o soluço o pai de Alex finalmente falou algo tentando me consolar dizendo que Alex estava em um lugar melhor e que sempre estaria conosco em nossos corações, foi então que ele me abraçou como se eu fosse uma criança indefesa com medo dos relâmpagos da tempestade eu estava soluçando mais do que julgava conseguir as lagrimas saiam como se fossem uma torneira aberta. Fomos para a casa nos esquentar e enquanto tomávamos chocolate quente em canecas feitas artesanalmente por Alex há alguns anos atrás, a mãe de Alex disse que sempre me consideraria a filha que sempre quis ter.
A dor de perder um ente querido era tão avassaladora que não conseguia nem pensar direito, um ano depois já estava com minha vida reconstruída morando ao lado dos pais de Alex, trabalhando meio período e cursando o ultimo ano de faculdade no restante do tempo, nunca mais namorei, não me senti na obrigação de fazer isso, pois já estava amando uma pessoa – Alex – e não havia espaço para mais uma continuei dando aulas de reforço para as crianças necessitadas e vivo contente por um dia ter amado tão genuinamente uma pessoa. Mesmo fazendo dois anos que Alex falecera juro ainda ouvir todos os dias ele sussurrar em meu ouvido que me ama e que sempre vamos estar juntos, e todas as noites sinto o calor de sua pele contra a minha, sempre dizem quando alguém se casa que a morte nos separará, mas no nosso caso a morte é só um jeito de dizer que estamos afastados temporariamente e que um dia nos encontraremos para sermos felizes para sempre.



4 comentários:

  1. Oieee , selinhu para você no blog va lá buscar

    http://blogjulianamyworld.blogspot.com/

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  2. Simplesmente acaba com uma pessoa ler um texto tão incrível e bem detalhado, principalmente quando o assunto é amor, algo tão delicado de se escrever. Juro que dá para sentir o desespero dela lendo o texto, sentir as lágrimas rolando no rosto depois da perda do amor verdadeiro. Lindo!

    coffeesandmemories.blogspot.com

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  3. Aliás, quer fazer parceria com o Things I Love ou com o Coffees and Memories?

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  4. Mas é claro que eu aceito fazer parceria com você, já estava na hora mesmo de nós fazermos parceria só falava alguém tomar a iniciativa!

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